Manejo do tomate: conheça os tópicos essenciais para a cultura
Dentro do sistema produtivo do tomate, a escolha da cultivar correta é uma das etapas cruciais e determinantes para o sucesso da lavoura, principalmente quando se consideram as diferentes necessidades técnicas, mercadológicas e o manejo do tomate, assim como as condições divergentes de cultivo que ocorrem de norte a sul do País.
Assim, há cultivares específicas para cada realidade, geradas e desenvolvidas ao longo dos anos sob diferentes pressões de seleção, de maneira que são disponibilizadas em consonância com o estado de arte do melhoramento de plantas.
Constituem-se como combinações genéticas de elevadíssimo potencial de produção e barreiras poderosas contra enfermidades de natureza potencialmente endêmica.
Há vários exemplos neste sentido, como o híbrido Compack, que apresenta bons níveis de resistência ao Tospovirus TSWV e às principais espécies de nematoides do gênero Meloidogyne.
Outro a ser mencionado é o híbrido SV2444TH, recém- lançado no mercado brasileiro, que incorpora bons níveis de resistência múltipla ao TSWV, ao geminivírus TYLCV e à mancha de Stemphyllium.
Tomate híbrido Compack
Frutos mais graúdos de Compack, com até 250g.
Detalhe do fruto do SV2444TH.
Entretanto, em uma realidade produtiva de custos crescentes, incertezas e riscos elevados que é a tomaticultura no Brasil, a simples adoção de uma cultivar geneticamente superior é apenas o primeiro passo: é na atenção aos detalhes do manejo destas cultivares que reside as maiores chances de sucesso. Até mesmo os chamados “pacotes” de resistência exigem um manejo fitossanitário específico.
Principais exigências e tendências no manejo da cultura do tomate no Brasil
- Adequação do híbrido às necessidades fitossanitárias regionais e de microclima. Algumas resistências são obviamente dispensáveis, como ao Fusarium oxysporum f. sp. radicis‑lycopersici, quarentenário no Brasil;
- Preparo e condicionamento correto do solo. Alguns dos principais problemas encontrados no campo estão relacionados à falta de aeração no solo e à baixa eficiência na precipitação de alumínio, associado a níveis insuficientes de saturação de bases e acidez elevada;
- Controle biológico de patógenos de solo e de insetos fitófagos;
- Nutrição cirúrgica das plantas, em que “precisão” é a palavra‑chave;
- Manejo integrado de doenças e pragas do tomateiro, seguindo‑se os princípios de Whetzel;
- Novas técnicas, como a enxertia, principalmente como ferramentas contra doenças de solo complexas, que é o caso do porta‑enxerto Shincheonggang, que incorpora bons níveis de resistência à murcha de Ralstonia e à raça 3 da murcha de Fusarium;
• Adoção de cultivares que demandem menor tempo com mão-de-obra, como aquelas que dispensam raleio.