Murcha de Phytophthora em pimentão e seu manejo
A Phytophthora capsici Leonian é uma das doenças fúngicas mais importantes para a cultura do pimentão.
Conhecida como Murcha de Phytophthora, é uma doença disseminada pelo mundo todo e pode atingir espécies de outros quarenta gêneros de plantas (LUZ et al.,2003).
No Brasil ela foi identificada em mais de 20 diferentes espécies, entre elas tomate, pimentão, pepino e abobrinha.
Pimentão afetado pela Murcha de Phytophthora.
Trata-se de uma doença muito agressiva que, em condições de alta umidade e temperatura, pode provocar a morte da planta em poucos dias.
Seu sintoma mais característico é a murcha de toda a parte aérea em decorrência da podridão do colo e da raiz da planta.
Outros sintomas também são possíveis de ocorrer, como tombamento (em plântulas), e podridão de frutos, folhas e haste, em condições de alta umidade.
Nos tecidos colonizados pelo fungo é possível observar seu desenvolvimento através de uma massa de micélios de coloração branca e aspecto cotonoso.
O fungo Phytophthora capsici sobrevive por longos períodos no solo através de uma estrutura de resistência (oósporo) que, ao encontrar condições ambientais favoráveis de alta umidade e calor, volta a se desenvolver e causar a doença.
Sua disseminação pode ocorrer através da água de irrigação ou da chuva, implementos agrícolas, vento e mudas contaminadas.
A utilização de práticas de manejo são extremamente importantes para minimizar as perdas com a doença.
Dicas de manejo para o controle da Murcha de Phytophthora
- Utilizar híbridos resistentes
- Utilizar mudas sadias
- Evitar solos com baixa drenagem
- Evitar áreas com o histórico da doença
- Eliminar plantas doentes
- Utilizar irrigação por gotejo e afastar o emissor de água do colo da planta
- Utilizar rotação de culturas com espécies gramíneas
- Evitar épocas e regiões quentes e chuvosas. Quando nessas condições, utilizar canteiros mais altos a fim de reduzir a umidade próximo ao colo da planta
- Evitar plantios adensados
- Evitar plantio escalonado entre solanáceas e cucurbitáceas na mesma área
- Utilizar fungicidas registrados com parcimônia e em rotação
Por Carolina Guidoni – Desenvolvimento Tecnológico da Seminis