Manejo de adubação do pepino SV3506CV

  • A demanda de nutrientes é influenciada por fatores como cultivares e condições de clima e de solo. 
  • O conhecimento da demanda versus as quantidades disponíveis no solo, permitem estimar a necessidade de fertilizações. 
  • O entendimento do padrão de absorção ao longo do ciclo é importante para a proposição do manejo correto e alcance da maior produtividade.

A curva de absorção

A demanda de nutrientes é influenciada por fatores como cultivares e condições de clima e solo onde as plantas são cultivadas. Este Manejo em Foco tem como objetivo expor o trabalho realizado para quantificar a extração (demanda) de nutrientes nas condições de campo. É importante o conhecimento da demanda, que confrontada com as quantidades disponíveis no solo permitem estimar a necessidade ou não de fertilizações.

Além da demanda, conhecer a curva de absorção é importante. Isso porque a curva de absorção permite ao agricultor/técnico escolher a melhor época e doses dos fertilizantes a serem aplicados. Assim, são aplicadas doses condizentes com a extração da cultura em determinado intervalo de tempo, minimizando perdas no sistema solo-planta-atmosfera e desequilíbrios iônicos no solo. O entendimento do padrão de absorção ao longo do ciclo dos nutrientes por novas cultivares é importante para a proposição do melhor manejo da adubação e alcance da maior produtividade.

Metodologia

O pepino SV3506CV foi semeado em época apropriada para o material (janela recomendada), a colheita realizada dos 34 aos 94 dias após transplante. A população final foi de aproximadamente 7.407 plantas por hectare (espaçamento de 1.8 x 0.75 m), as plantas foram conduzidas com ajuda de fitilhos até atingir 1 metro de altura. Foram realizadas coletas de plantas aos 15, 22, 28, 34, 43, 77 e 97 dias após o transplante. As partes das plantas foram separadas em folhas e em frutos (quando havia), secas em estufa e levadas a laboratório para análise dos teores de nutrientes. 

Resultados e observações

A produtividade do material no referido campo foi de 6,12 kg de frutos por planta, correspondendo a cerca de 239 frutos. 

Neste campo de pepino SV3506CV, a maior parte dos fotoassimilados se acumulou no fruto, indicando bom pegamento de frutos. A quantidade de N extraído foi de 19,3 g/planta, solos com alto potencial de N podem receber até 13,8 g/planta (ou 102 kg/ha de N) e solos com baixo potencial podem receber de 158 a 178 kg/ha de N. A extração de P2O5 foi de 34 kg/ha, solos argilosos podem receber de 240 a 270 kg/ha de P2O5 , e solos arenosos de 170 a 190 kg/ha. Se o campo for irrigado, pode receber até 70% do total no sulco de plantio e o restante parcelados até a sexta semana nas fertirrigações. O total de K2O extraído foi de 115 kg/ha, sendo o mais absorvido (diretamente ligado a produtividade), recomendamos aplicar de 2,14 a 2,41 g de K2O por planta para cada kg de fruto que se quer produzir em solos férteis e de 2,83 a 3,19 g de K2O para cada kg de fruto em solos de baixa fertilidade. A extração de Ca foi de 83 kg/ha, sendo a maior alocação nas folhas, a saturação de Ca com corretivos de acidez, mais a suplementação com nitrato de Ca (ou superfosfato simples) já é o suficiente. Em épocas de alta temperatura e precipitação, uma suplementação maior pode se fazer necessária. A extração de Mg foi de 19 kg/ha, correção do solo com calcário dolomítico e evitar o excesso de K já auxiliam para uma boa quantidade de Mg para a planta. Solos com alta relação Ca/Mg ou K/Mg precisam de suplementação via sulfato ou nitrato de Mg (cerca de 0,18 g de Mg por planta para cada kg de fruto). O S foi o nutriente menos extraído, correção do perfil do solo com gesso ou sulfato de amônio ou magnésio, superfosfato simples já garantem uma boa quantidade de S.

A extração de B foi de 139 g/ha, recomendamos o uso de fontes de liberação lenta ou aplicação em parcelas, 0,9 a 1,4 kg/ha podem ser aplicados metade no plantio e o restante em fertirrigações ao longo do ciclo. Zn extraído foi de 22,3 mg/planta ou 165 g/ha; considerando uma taxa de recuperação média, podemos fornecer de 3 a 4 kg/ha de Zn via oxissulfatos misturados ao adubo de plantio.

Dicas de manejo – IPACER

  • Elevar a saturação para 70% na camada de 0-40 cm e Mg para 1,0 cmolc/dm³; 
  • Elevar o K no solo para 120 a 150 mg/dm³ na camada de 0-40 cm juntamente com o processo de correção do solo com calcário. Essa correção pode ser apenas na faixa de cultivo (aproximadamente 80 cm de largura); 
  • Aplicar na faixa de cultivo antes do transplante de 170 a 190 kg/ha de P2O5 em solos arenosos e de 240 a 270 kg/ha de P2O5 em solos argilosos; 
  • Juntamente com P aplicar de 0,45 a 0,70 kg/ha de B, de 0,5 a 1,0 kg/ha de Cu e de 3,0 a 4,0 kg/ha de Zn; via ulexita (fonte de B) e oxissulfatos (fontes de Cu e de Zn - as maiores doses são para solos argilosos). Nos solos de alta fertilidade aplicar pelo menos 1/2 dessas quantidades no sulco de plantio.
  • Fazer aplicação parcelada semanal dos nutrientes; 
  • Além da curva de absorção avaliar o vigor vegetativo para melhor ajuste da adubação com N. Após iniciado o crescimento dos frutos pode-se estimar a produtividade potencial e ajustar o N para 2,0 g/planta para cada kg de frutos que se espera produzir; 
  • Multiplicar a dose semanal de P por 1,5 em solos arenosos e por 2,5 nos argilosos; 
  • Multiplicar a dose de K por 1,1 a 1,25 para compensar as perdas. Doses indicadas consideram solo de média fertilida de (< 80 mg/dm³);
  • Ca e Mg suplementados via nitrato de cálcio e sulfato de magnésio, respectivamente. A suplementação é necessária apenas em ambientes com baixa disponibilidade desses nutrientes e com alta disponibilidade de K no solo. 

Fontes

1.  IPACER - Instituto de Pesquisa Agrícola do Cerrado. 2021. Curva de absorção do pepino SV3506CV – Março 2021. Rio Paranaíba, MG. 

 

Para informações agronômicas adicionais, entre em contato com seu representante local de sementes.

O desempenho pode variar de local para local e de ano para ano, uma vez que as condições locais de crescimento, solo e clima podem variar. Os produtores devem avaliar os dados de vários locais e anos, sempre que possível, e devem considerar os impactos dessas condições nos campos do produtor. As recomendações deste artigo são baseadas em informações obtidas das fontes citadas e devem ser usadas como referência rápida para informações sobre doenças de couve-flor. O conteúdo deste artigo não deve ser substituído pela opinião profissional de um produtor, agrônomo, patologista e profissional similar que lida com essa cultura específica.

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